Teatro
Teatro, do
grego(théatron), é uma forma de arteem que um ator ou conjunto de atores,
interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar.
Com o auxílio de dramaturgo ou de situações improvisadas, de deretirese
técnicos, o espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar
sentimentos no público. Também denomina-se teatro o local apropriado para esta
forma de arte.
O termo teatro e
seus significados
Segundo a Enciclopédia Britannica, a palavra teatro deriva do grego
theaomai (θεάομαι) - olhar com atenção,
perceber, contemplar (1990, vol. 28:515).
Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência
intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado
mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto
(Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706)
O teatro, mais do que ser um local público onde se vê, é o lugar
condensado da vivência, onde as coisas são tomadas em mais de um sentido.
Robson Camargo assim o define (2005:1):
O vocábulo grego Théatron
(θέατρον) estabelece o lugar físico do espectador, "lugar onde se vai para
ver" e onde, simultaneamente, acontece o drama como seu complemento visto,
real e imaginário. Assim, o representado no palco é imaginado de outras formas
pela plateia. Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar num
teatro: quem vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe
nos espaços do presente e do imaginário, nos tempos individuais e coletivos que
se formam neste espaço" ("O Espetáculo do Melodrama").
Jaco Guinsburg por sua vez, descreve a expressão cênica como formada por uma
"tríade básica - atuante, texto e público", sem a qual o teatro não
teria existência (1980:5). Atuantes não são apenas os atores, podendo ser
objetos (como no teatro de bonecos) ou outras formas ou funções atuantes
(animais ou coisas); o texto, por outro lado, não é apenas o texto escrito ou o
falado no palco, pois o teatro não é uma arte literária ou, como afirma Marco
de Marinis (1982), no teatro há um texto espetacular. Greimas em seu estudo da
narratologia usa o termo actad em vez de atuante, para definir este primeiro
elemento que desenvolve a narração (Greimas, A. J. y Courtes, J., 1990).
(Actante em: Semiótica. Diccionario razonado de la teoría del lenguaje. Madrid:
Gredos).
Origens da arte teatral
Existem várias
teorias sobre a origem do teatro. Segundo Oscar G. Brockett, nenhuma delas pode
ser comprovada, pois existem poucas evidencias e mais especulações.
Antropólogos ao final do século XIX e no início do XX, elaboraram a hipótese de
que este teria surgido a partir dos rituais primitivos (History of Theatre.
Allyn e Bacon 1995 pg. 1). Outra hipótese seria o surgimento a partir da
contação de histórias, ou se desenvolvido a partir de danças, jogos, imitações.
Os rituais na história da humanidade começam por volta de 80.000 anos AC.
O primeiro evento com
diálogos registrado foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo
Egito do mito de Orís e Ísis, por volta de 2500 AC (Staton e Banham 1996 pg.
241), que conta a história da morte e ressurreição de Osíris e a coroação de
Horus ( Brockett, pg. 9). A palavra 'teatro' e o conceito de teatro, como algo
independente da religião, só surgiram na Grécia de Pisístrato (560-510a.C.),
tirano ateniense que estabeleceu uma dinâmica de produção para a tragédia e que
possibilitou o desenvolvimento das especificidades dessa modalidade. As
representações mais conhecidas e a primeira teorização sobre teatro vieram dos
antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se tem notícia, a Poética
de Aristóteles.
Aristóteles afirma
que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos, um hino cantado e dançado em honra a Dioniso, o deus grego da fertilidade e do vinho. O ditirambo,
como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história improvisada
cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi
transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o
primeiro a registrar por escrito ditirambos e dar a eles títulos.
As formas teatrais
orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama sânscrito do
antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também
data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki,
Nô e Kyogen têm registros apenas no século XVII DC.
Grécia antiga
Gerald Else,
importante helenista norte americano (1908-1982), considera que o teatro
(drama) foi uma criação deliberada e não resultado de um processo evolutivo. Se
os festivais gregos, antes de 534 A.c eram desempenhados por rapsodos,
na forma oral, em 534 A.c Téspis junta os
elementos orais destas festividades com o coro, para criar uma forma primitiva
de drama que seria desenvolvida totalmente somente a partir de Ésquilo, com a adição de um segundo ator (Brockett,
p. 16).
O primeiro diretor de
coro conhecido foi Tespis, convidado pelo tirano Pisístrato oficialmente para dirigir a procissão de Atenas.Téspis desenvolveu o uso de máscaras para representar pois, em razão do grande número de
participantes, era impossível todos escutarem os relatos, porém podiam
visualizar o sentimento da cena pelas máscaras. O "coro" era composto pelos narradores da história, rapsodos que através de representação, canções e danças,
relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e o espectador, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além
de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se
comunicava com a plateia. Em uma dessas procissões, Téspis inova ao subir em um
"tablado" (Thymele – altar),
para responder ao coro, e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro
(hypócrites). Surgindo assim os diálogos.
Teatro no Brasil
O teatro no Brasil surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. Dentre uns poucos autores, destacou-se o padre José
de Anchieta, que escreveu alguns autos (antiga composição teatral) que visavam a
catequização dos indígenas, bem como a
integração entre portugueses, índios e espanhóis.Exemplo
disso é o Auto de São Lourenço, escrito
em tupi-guarani, português e espanhol.
Um hiato de dois séculos
separa a atividade teatral jesuítica da continuidade e desenvolvimento do
teatro no Brasil. Isso porque, durante os séculos XVII e XVIII, o país
esteve envolvido com seu processo de colonização (enquanto colónia de Portugal) e
em batalhas de defesa do território colonial. Foi a transferência da
corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, que trouxe inegável progresso para o teatro,
consolidado pela Independência, em 1822.
O ator João
Caetano estimulou a formação dos atores
brasileiros e valorizou o seu trabalho e formou, em 1833, uma companhia brasileira. Seu nome está vinculado a
dois acontecimentos fundamentais da história da dramaturgia nacional: a
estreia, em 13 de março de 1838, da peça Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, de
autoria de Gonçalves de Magalhães, a
primeira tragédia escrita por um brasileiro e a única de assunto nacional; e,
em 4 de outubro de 1838, a estreia da
peça O Juiz de Paz na Roça, de autoria de
Martins Pena, chamado na época de o
"Molière brasileiro", que abriu
o filão da comédia de costumyahooes, o
gênero mais característico da tradição cênica brasileira.
Gonçalves de Magalhães, ao voltar da Europa em 1867, introduziu no Brasil a influência romântica, que iria nortear escritores, poetas e dramaturgos. Gonçalves
Dias (poeta romântico) é um dos mais
representativos autores dessa época, e sua peça Leonor de Mendonça teve altos méritos, sendo até hoje representada.
Alguns romancistas, como Machado de Assis,
Joaquim Manuel de Macedo, José de
Alencar, e poetas como Álvares de Azevedo e Castro Alves,
também escreveram peças teatrais no século XIX.
Oswald de Andrade, nos anos 1920
O século
XX despontou com um sólido teatro de variedades,
mescla do varieté francês e das revistas portuguesas. As companhias estrangeiras continuavam a
vir ao Brasil, com suas encenações trágicas e suas óperas bem ao gosto refinado da burguesia. O teatro ainda não recebera as influências dos
movimentos modernos que pululavam na Europa
desde fins do século anterior.
Os ecos da modernidade
chegaram ao teatro brasileiro na obra de Oswald de Andrade, produzida toda na década de 1930,
com destaque para O Rei da Vela, só
encenada na década de 1960 por José
Celso Martinez Corrêa. É a partir da encenação
de Vestido de Noiva, de Nélson
Rodrigues, que nasce o moderno teatro
brasileiro, não somente do ponto-de-vista da dramaturgia, mas também da
encenação, e em pleno Estado Novo.
Surgiram grupos e companhias
estáveis de repertório. Os mais significativos, a partir da década
de 1940, foram: Os Comediantes, o TBC, o Teatro
Oficina, o Teatro de Arena, o Teatro dos Sete, a Companhia Celi-Autran-Carrero,
entre outros.
Quando tudo parecia ir bem
com o teatro brasileiro, a ditadura militar
veio impor a censura prévia a autores e
encenadores, levando o teatro a um retrocesso produtivo, mas não criativo.
Prova disso é que nunca houve tantos dramaturgos atuando simultaneamente.
Com o fim do regime
militar, no início da década de 1980, o teatro tentou recobrar seus rumos e estabelecer
novas diretrizes. Surgiram grupos e movimentos de estímulo a uma nova
dramaturgia.
Música
É considerada por diversos autores como uma prática
cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou
agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre
seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música
variam de acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde
composições fortemente organizadas (e a sua recriação na performance), música
improvisada até formas aleatórias. A musica pode
ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as
relações entre géneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à
interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte
de representação, uma arte sublime, uma arte de
espetáculo.
Para indivíduos de muitas
culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao
longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como
arte, mas também como a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas
atividades coletivas, como os rituais religiosos, festas e funerais.
Há evidências de que a
música é conhecida e praticada desde a pré-história.
Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade
ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora
nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma
precisa, a história da música
confunde-se, com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.
Análise musical
Apesar de toda a discussão já apresentada, a música
quando composta e executada deliberadamente é considerada arte por qualquer das
facções. E como arte, é criação, representação e comunicação. Para obter essas
finalidades, deve obedecer a um método de composição, que pode variar
desde o mais simples (a pura sorte na música
aleatória), até os mais complexos. Pode ser
composta e escrita para permitir a execução idêntica em várias ocasiões, ou ser
improvisada e ter uma existência efêmera.
A música dos pigmeus do Gabão, o Rock and roll,
o Jazz, a música sinfônica, cada
composição ou execução obedece a uma estética própria, mas todas cumprem os objetivos artísticos: criar o
desconhecido a partir de elementos conhecidos; manipular e transformar a natureza;
moldar o futuro a partir do presente.
Grupo de música erudita apresentando algumas composições de Mozart.
Qualquer que seja o
método e o objetivo estético, o material sonoro a ser usado pela música é
tradicionalmente dividido de acordo com três elementos organizacionais: melodia,
harmonia e ritmo. No entanto, quando nos referimos aos aspectos do som
nos deparamos com uma lista mais abrangente de componentes: altura, timbre, intensidade e duração. Eles
se combinam para criar outros aspectos como: estrutura, textura e estilo, bem
como a localização espacial (ou o movimento de sons no espaço), o gesto e a
dança.
Na base da música,
dois elementos são fundamentais: O som e o tempo. Tudo na música é função destes dois elementos. É
comum na análise musical fazer uma analogia entre os sons percebidos e uma
figura tridimensional. A sinestesia nos
permite "ver" a música como uma construção com comprimento, altura e
profundidade.
O ritmo é o elemento
de organização, frequentemente associado à dimensão horizontal e o que se
relaciona mais diretamente com o tempo (duração) e a intensidade, como se fosse
o contorno básico da música ao longo do tempo. Ritmo, neste sentido, são os
sons e silêncios que se sucedem temporalmente, cada som com uma duração e uma
intensidade próprias, cada silêncio (a intensidade nula) com sua duração. O silêncio
é, portanto, componente da música, tanto quanto os sons.
O ritmo só é
percebido como contraste entre som e silêncio ou entre diversas intensidades
sonoras. Pode ser periódico e obedecer a uma pulsação definida ou uma estrutura
métrica, mas também pode ser livre, não periódico e não estruturado (arritmia).
Também é possível que diversos ritmos se sobreponham na mesma composição (polirritmia). Essas são opções de composição. Enfim é interessante lembrar que,
embora pequenas variações de intensidade de uma nota à seguinte sejam
essenciais ao ritmo, a variação de intensidade ao longo da música é antes de
tudo um componente expressivo, a dinâmica musical.
Músico de
rua em Pequim.
A segunda organização
pode ser concebida visualmente como a dimensão vertical. Daí o nome altura
dado a essa característica do som. O mais agudo, de maior frequência, é dito mais alto. O mais grave é mais baixo. O
elemento organizacional associado às alturas é a melodia. A melodia é definida como a sucessão de alturas ao
longo do tempo, mas estas alturas estão inevitavelmente sobrepostas à duração e
intensidade que caracterizam o ritmo e portanto essas duas estruturas são
indissociáveis.
Outra metáfora visual
que frequentemente é utilizada é a da cor. Cada altura representaria uma cor
diferente sobre o desenho rítmico. Não é à toa que muitos termos utilizados na
descrição das alturas, escalas ou
melodias também são usados para as cores: tom, tonalidade, cromatismo. Também não deve ser fruto do acaso o fato de que
tanto as cores como os sons são caracterizados por fenômenos físicos
semelhantes: as alturas são variações de frequências em ondas sonoras (mecânicas). As cores são variações de
frequência em ondas luminosas (eletromagnéticas).
Assim como o ritmo, a melodia pode seguir
estruturas definidas como escalas e tonalidades (música tonal), que determinam
a forma como a melodia estabelece tensão e repouso em torno de um centro tonal.
O compositor também pode optar por criar melodias em que a tensão
e o repouso não decorrem de relações
hierárquicas entre as notas (música atonal).
A terceira dimensão
é a harmonia ou polifonia. Visualmente pode ser considerada como a profundidade.
Temporalmente é a execução simultânea de várias melodias que se sobrepôem e se
misturam para compor um som muito mais complexo (contraponto), como se cada melodia fosse uma camada e a harmonia
fosse a sobreposição de todas essas camadas. A harmonia possui diversas
possibilidades: uma melodia principal com um acompanhamento que se limite a
realçar sua progressão harmônica; duas ou
mais melodias independentes que se entrelaçam e se completam harmonicamente;
sons aleatórios que, nos momentos que se encontram formam acordes; e outras
tantas em que sons se encontram ao mesmo tempo. O termo harmonia não é
absoluto. Manipula o conjunto das melodias simultâneas de modo a expressar a
vontade do compositor. As dissonâncias também fazem parte da harmonia tanto quanto as consonâncias. Adicionalmente, pode-se criar harmonias que obedeçam
a duas ou mais tonalidades
simultaneamente (politonalismo - usado com frequência em composições de Villa-Lobos).
Cada som
tocado em uma música tem também seu timbre
característico. Definido da forma mais simples o timbre é a identidade sonora
de uma voz ou instrumento musical. É o timbre que nos permite identificar se é um piano ou uma flauta
que está tocando, ou distinguir a voz de dois cantores. Acontece que o timbre, por si só, é também um
conjunto de elementos sequenciais e simultâneos.
Uma série infinita de
frequências sobrepostas que geram uma forma de onda composta pela frequência
fundamental e seu espectro sonoro, formado por sobretons ou harmônicos. E o timbre também
evolui temporalmente em intensidade obedecendo a uma figura chamada envelope. É como se o timbre reproduzisse em escala temporal
muito reduzida o que as notas produzem em
maior escala e cada nota possuísse em seu
próprio tecido uma melodia, um ritmo e
uma harmonia próprias.
Segundo o tipo de
música, algumas dessas dimensões podem predominar. Por exemplo, o ritmo bem
marcado e fortemente periódico tem a primazia na música tradicional dos povos
africanos. Na maior parte das culturas orientais, bem como na música tradicional e popular do
ocidente, é a melodia que representa o valor mais destacado. A harmonia, por
sua vez, é o ideal mais elevado da música erudita ocidental.
Estes elementos nem
sempre são claramente reconhecíveis. Onde estará o ritmo ou a melodia no som de
uma serra elétrica incluída em uma canção de rock industrial ou em uma composição eletroacústica? Mas se considerarmos apenas o jogo
dos sons e do tempo, a organização do
sequencial e do simultâneo e a seleção dos timbres, a música nestas composições
será tão reconhecível quanto a de uma cantata barroca.
Gêneros musicais
Assim como existem várias definições para música,
existem muitas divisões e agrupamentos da música em gêneros, estilos e formas.
Dividir a música em gêneros é uma tentativa de classificar cada composição de
acordo com critérios objetivos, que não são sempre fáceis de definir.
Uma das divisões mais
frequentes separa a música em grandes grupos:
Música erudita - a música tradicionalmente dita como
"culta" e no geral, mais elaborada. Também é conhecida como
"música clássica", especificamente a composta até o Romantismo por ter sobrevivido ao tempo ao longo dos séculos, no
mesmo sentido em que se fala de "literatura clássica". Pode ser dito
também de música clássica, obras que são bem familiares e conhecidas, ao ponto
de serem assoviadas pelas pessoas, algo mais popular assim como a literatura.
Seus adeptos consideram que é feita para durar muito tempo e resistir à moda e a tendências. Em geral exige uma atitude
contemplativa e uma audição concentrada. Alguns consideram que seja uma forma
de música superior a todas as outras e que seja a real arte musical. Porém,
deve também ser lembrado que mesmo os compositores eruditos várias vezes
utilizaram melodias folclóricas (determinada região) para que em cima dela
fossem compostas variações. Alguns
compositores chegaram até a apenas colocar melodias folclóricas como o segundo
sujeito de suas músicas (como Villa-Lobos
fez extensamente). Os gêneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com o
períodos em que foram compostas ou pelas características predominantes.
Música popular - associada a movimentos culturais populares.
Conseguiu se consolidar apenas após a urbanização e industrialização da sociedade e se tornou o tipo musical icônico do século XX. Se
apresenta atualmente como a música do dia-a-dia, tocada em shows e festas,
usada para dança e socialização. Segue
tendências e modismos e muitas vezes é
associada a valores puramente comerciais, porém, ao longo do tempo, incorporou diversas tendências vanguardistas e
inclui estilos de grande sofisticação. É um tipo musical frequentemente
associado a elementos extra-musicais, como textos (letra de canção), padrões de
comportamento e ideologias. É subdividida em incontáveis gêneros distintos, de
acordo com a instrumentação, características musicais predominantes e o
comportamento do grupo que a pratica ou ouve.
Música folclórica ou música nacionalista - associada a fortes elementos
culturais de cada grupo social. Tem caráter predominantemente rural ou
pré-urbano. Normalmente são associadas a festas folclóricas ou rituais
específicos. Pode ser funcional (como canções de plantio e colheita ou a música
das rendeiras e lavadeiras). Normalmente é transmitida por imitação e costuma
durar décadas ou séculos. Incluem-se neste gênero as cantigas de roda e de ninar.
Música religiosa, utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser usada para adoração e oração ou em
diversas festividades religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada religião
possui formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica, o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do
candomblé ou outros cultos africanos, o canto do muezim, no Islamismo entre outras.

As apresentações musicais
são cada vez mais realizadas pelo mundo, seja em datas festivas, ou em
compromissos de artistas. A música sempre foi uma atração, desde a antiguidade.
Cada uma dessas divisões
possui centenas de subdivisões. Gêneros, subgêneros e estilos são usados numa
tentativa de classificar cada música. Em geral é possível estabelecer com um
certo grau de acerto o gênero de cada peça musical, mas como a música não é um
fenômeno estanque, cada músico é constantemente influenciado por outros
gêneros. Isso faz com que subgêneros e fusões sejam criados a cada dia.
Por isso devemos considerar
a classificação musical como um método útil para o estudo e comercialização,
mas sempre insuficiente para conter cada forma específica de produção. A
divisão em gêneros também é contestada assim como as definições de música
porque cada composição ou execução pode se enquadrar em mais de um gênero ou
estilo e muitos consideram que esta é uma forma artificial de classificação que
não respeita a diversidade da música. Ainda assim, a classificação em gêneros
procura agrupar a música de acordo com características em comum. Quando estas
características se misturam, subgêneros ou estilos de fusão são utilizados em
um processo interminável.
Os estilos musicais ao
entrar em contato entre si produzem novos estilos e há uma miscigenação entre
culturas para produzir gêneros transnacionais. O blues e o jazz dos Estados
Unidos,por exemplo, têm elementos vocais e
instrumentais das tradições anglo-irlandesas, escocesas, alemãs e
afro-americanas que só podem ser fruto da produção do "século
XX"(20).
Outra forma de encarar os
gêneros é considerá-los como parte de um conjunto mais abrangente de
manifestações culturais. Os gêneros são comumente determinados pela tradição e
por suas apresentações e não só pela música de fato. O Rock, por exemplo, possui dezenas de subgêneros, cada um
com características musicais diferentes mas também pelas roupas, cabelos,
ornamentação corporal e danças, além de variações de comportamento do público e
dos executantes. Assim, uma canção de Elvis
Presley, um heavy metal ou uma canção punk, embora sejam todas consideradas formas de rock, representam diversas
culturas musicais diferentes.
Também a música erudita,
folclórica ou religiosa possuem comportamentos e rituais associados. Ainda que
o mais comum seja compreender a música erudita como a acústica e intencionada
para ser tocada por indivíduos, muitos trabalhos que usam samples, gravações e
ainda sons mecânicos, não obstante, são descritas como eruditas, uma vez que
atendam aos princípios estéticos do erudito. Por outro lado, uma trecho de uma
obra erudita como os "Quadros de uma Exposição" de Mussorgsky tocado por Emerson, Lake and Palmer se torna Rock progressivo não só
por que houve uma mudança de instrumentação, mas também porque há uma outra
atitude dos executantes e da plateia.
Arte moderna
Arte Moderna é o termo
genérico usado para editar a maior parte da produção artística do fim do século
XIX até meados dos anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e alguns
de seus traços distintivos), enquanto que a produção mais recente da arte é
chamada frequentemente de arte contemporânea (alguns preferem chamar de arte pós-moderna).
A arte moderna se refere a
uma nova abordagem da arte em um momento no qual não mais era importante que
ela representasse literalmente um assunto ou objeto (através da pintura e da
escultura) o advento da fotografia fez
com que houvesse uma diminuição drástica.
Durante as primeiras
décadas, a arte moderna foi um fenômeno exclusivamente europeu. As primeiras sementes de ideias modernas vieram dos
artistas do estilo romântico, como Charles
Baudelaire, e dos realistas. Em seguida, representantes do impressionismo e pós-impressionismo experimentaram começando com as maneiras novas de representar a luz e o
espaço através da cor e da pintura. Nos anos pré-I Guerra Mundial do século XX,
uma explosão criativa ocorreu com fauvismo,
cubismo, expressionismo e futurismo.
I Guerra Mundial trouxe um
fim a esta fase, mas indicou o começo de um número de movimentos anti-arte, como dada e o
trabalho de Marcel Duchamp, e do surrealismo. Também, os grupos de artistas como de Stijl e Bauhaus eram
seminal no desenvolvimento de idéias novas sobre o inter-relação das artes, da arquitetura, do projeto e da instrução da arte.
Arte moderna foi introduzida
na América durante a I Guerra Mundial quando um número de artistas de Montmartre e Montparnasse
bairros de Paris, França fugiram da guerra. Francis Picabia (1879–1954), foi o responsável de trazer a Arte Moderna para a
cidade de Nova York. Foi somente após a II
Guerra Mundial,
No entanto, que os EUA se
transformaram no ponto focal de novos movimentos artísticos. As décadas de 1950 e 1960 viram
emergir o expressionismo, Surrealismo, concretismo, cubismo, fauvismo, futurismo, Arte cinética, realismo social,
abstracionismo,Primitivismo, Arte Ingênua, pop
art, op art
e arte mínima. Entre 1960 e 1970, a arte
da terra, a arte do desempenho, a arte conceitual, Happening, Fluxus, Performance, Videoarte, e Fotorealismo
emergiram.
Em torno desse período, um
número de artistas e de arquitetos começaram a rejeitar a ideia de "o
moderno" e criou tipicamente trabalhos pós-modernos.
Partindo do período
pós-guerra, poucos artistas usaram pintura como
seu meio preliminar.
Toda a produção do
surgimento das personalidades artísticas do século vinte precisa ser condensada
e reavaliada paradigmaticamente para o século vinte e um, pois surge
gradativamente um novo ramo de potencialização da expressão artística humana
que deverá ser classificado oficialmente em breve tendo seus defensores
iniciais reconhecidos.
Características da Arte
Neo-Moderna ou Neo-Pós-Moderna:
Valorização dos elementos da
cultura locais e regionais.
Compreensão da instância da
liberdade civil humano-adâmica proporcionada pela cultura. Independência do
homem em relação à ignorância. Entendimento da profundidade da aplicação da
justiça e da sua intuitiva necessidade. Paradigma multi-racial. Pacifismo
político e na originalidade valorização de todas as instâncias originais
promotoras da harmonia pacífica em nome da tradicionalidade. Identificação da
expressão universal na intrinsecidade significativa da obra artística
individual. Consciencialidade sobre a origem científica do homem no Universo.
Expressão da esotericidade e da religiosidade dentro de um mesmo paradigma
multissignificativo e multiadaptável em harmonia.